sábado, 1 de dezembro de 2007

Capítulo 10.

Achei que guardar aquela imagem,Lizzie acabada e infeliz,só iria fazer mal a mim mesma.
Esquecer.
Tirar o dia para passear na praia,sozinha e acompanhada ao mesmo tempo.
O vento.O mar.O sol.
Companhia que não falava demais,nem mentia,muito menos te perturbava.
Tomar sol,ouvir uma música relaxante e observar o loiro bastante lindo que acabara de chegar.
Resolvi ir até perto do mar.Olhar não mata ninguém.
Realmente era bastante lindo,daqueles com estilo que deixa qualquer mulher enlouquecida.
Abdomem bastante definido.Cabelos queimados de sol e da água do mar.Sotaque carioca divertido e imperceptível.Fiquei ali,mergulhando no azul dos teus olhos e ouvindo as conversas que trocava com um amigo.
Nada muito provocante,somente olhares que diziam mais que qualquer outra forma de expressão.
Aos poucos acabei de involvendo e deixando minha curiosidade falar mais alto.Me aproximei.
A coragem desce por água abaixo.
Senti o cheiro da gasolina e foi o único rastro relevante que pude guardar daquele carioca.
Só depois entendi o sentido daquela frase:
'Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.'
Nem um nome,idade,cidade.
Podia ser de outro país.
Mais velho.
Mais novo.
Ter namorada.
Ser solteiro.
Gay.
Dúvidas,e a única coisa que soubera,era sua paixão pelo surf que acabou sendo revelada pelo tom da pele e cabelos.Dourados.
Sempre me dizam que tudo o que eu realmente queria,conseguia.Mesmo o impossível.
Iria tentar encontrá-lo.Havia me chamado a atenção.
Minha situação,solteira,17 anos,bela,e rica.
Sem tempo para amores no trabalho.Mas não havia nenhuma regra quanto arrumar alguém nas férias não é mesmo?
Tomara.
E fiquei assim por dias.Qualquer cara loiro e boa pinta,já me era motivo para olhar atentamente,quem dera se fosse o mesmo daquele dia na praia.
Lual.
Sempre adorei esse tipo de programas.Não iria perder um por nada,se soubesse de algum.
Passear na praia à noite é tão gostoso,ainda mais quando é uma noite de verão e bastante estrelada.
Tipo aquela em que o revi.
Encontrei uma roupa confortável e fui caminhando até a praia.
7 horas e ainda era dia.Horário de verão.
Perfeita ocasião.
Senti perto do mar pra ouvir o barulho das ondas batendo no coral,sensação indescritível!
Misturou-se um barulho,que de tão agradável se tornou um som.
Relaxante.
Idêntifiquei,era um violão.
Música calma e sem intérprete.
Caminhei à procurar o dono do som.
Era ele.Finalmente reencontrei.
Reação de correr e dizer que durante dias o procurei.
Imaginei que iria me achar uma louca.
Cheguei devagar.
-Adorei o teu som.-totalmente tímida.
-Nossa,me desculpe se atrapalhei alguma coisa.-atencioso desde o olhar.
-Não,não.Eu adorei!Continua por favor,me desculpa se eu te atrapalhei.
-Gostou mesmo?
-Toca para mim?!
Não precisamos de mais palavras.Ficamos ali rindo um da cara do outro e curtindo o som que parecia vim do céu.
David era seu nome.Morava sozinho,perto de Ipanema.
Família havia morrido.Assim como a minha.
Nem gay,nem comprometido.Solteiro e feliz.
Contei também sobre minha vida e ficamos ali parados de papo para o ar e com o violão,nossa trilha sonora.
Me acompanhou até meu apartamento e nos despedimos com um abraço.
Amigos.
As idas a praia se tornaram presentes e a cada dia que nos víamos,parecia que a falta de assunto nos afastaria.Mera tolisse.
Tinhámos o desafio de compor novos papos a cada dia.Um melhor que o outro.
Descobrimos assim,que tinhamos muita coisa em comum.

Um comentário:

Letícia S! disse...

A cada capítulo eu me apaixono mais ainda pela história, e por vc tbm, MINHA best *-*
tipo, eu amo sua voz minha perfeição (:
e juro que quando vc escrever seu livro eu vou ser a primeira comprar, com um autógrafo seu na capa /o/
te amo demaiis, best! ;*