sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Capítulo 9.

Cheguei ao Brasil.
Saudades mortas após ouvir o bom e velho português.Nunca desejei tanto comer arroz e feijão durante toda a minha vida!
Deixar tudo para as férias: saudades,desejos e quem sabe até um amor de verão,porque não.
Destino: Rio de Janeiro.Grande novidade.
Visitar parentes no interior e depois partir para a adorável e sempre Cidade Maravilhosa.
Hotel?
Quem precisa disso quando se tem um apê,de frente para a praia,orla sim senhor!
Descanso merecido,afinal ser modelo não significa vida boa.Nem ruim.Muito pelo contrário,possuia coisas que antes nunca imaginei ter um dia.
Buscar todos os desejos contidos em uma única coisa não era tarefa das mais fáceis.
Primeiro destino:Bar de Luxuos!
A boa e velha pinga.Saudade.
Dessa vez não encontrei nenhum cara legal que acabasse me levando pra cama me prometendo o céu e a terra e sumindo dias depois.
Encontrei por um acaso Lizzie.É,ela mesma.
Solteira e com uma pésima aparencia.Puxamos um papo,meio sem graça,mais o suficiente para entender que o destino havia sido cruel com ela.
Sofreu demais estando com Ducke,que também a prometeu o céu e a terra.
Sumindo no dia seguinte.
Pura faxada para tentar roubar alguma fama,e dinheiro.
Ah sim,Lizzie era dona de muito dinheiro.
Era,pretérito bem definido!
Ducke a roubou,ela vive de favores.
Desde carros,até as roupas.
Com um trabalho medílcre conseguiu comprar uma pequena casa,nada muito luxuoso.
Apenas o necessário.
Triste destino.Aproveitei e contei a ela toda generosidade que a vida havia tido comigo.
Ela não ficou surpresa,as notícias por aqui corriam sobre a minha fama.
O que acabou me surpreendendo.
Nos despedimos com um 'boa sorte,amiga'.
Um abraço e nada mais.
Ficou retido aquele sentimento,uma angústia e vontade de fazer algo por ela.
Inútil.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Capítulo 8.

Nada pior,do que acordar com aquela saudade imensa da vidinha que vivia.Acordar quando quiser.Sem preocupações.Andar de chinelo e correr na praia sem ter medo de ser fotografada em algum ângulo desproporcional e parar na capa das principais revistas de fofocas.
Arrumar quantos caras quisesse sem nem se preocupar com os comentários alheios.
Ou até mesmo,comer o delicioso,arroz e feijão.
Não foi fácil se acostumar com aquele vida de negações e limites.Cada vez mais impostos pela sociedade.
Jessey passou a sorrir com maior frequência.E eu a me isolar.
Eram diferentes sonhos.
Nunca passou pela minha cabeça aquilo tudo,muito menos a fama.
Já Jessey,sempre sonhou com os flashes e o estrelato.
New York estava fria naquela manhã,e eu tinha um adorável ensaio fotográfico de biquine.
Traje desproporcional para o clima típico daquela cidade.Era para o Brasil aquelas fotos.
Vontade de me mandar junto com aquelas fotos para o meu Brasil,e olhe que não fazia nem uma semana que havíamos chegado.
John acabou arranjando um 'bofe' como ele mesmo o chamava.Era lindo,e gay.
Eles se deram bem,a não ser pelo preconceito nova iorquino.
Mathew.Pelos menos foi assim que se apresentou.
Jessey não tinha tempo para pensar em nada,muito menos em caras.
Até a bulimia foi esquecida em decorrencia do elevado rítmo de trabalho.
Já eu,pensava em tudo,menos em caras.
Tudo bem que eu quisesse sair para arrumar alguem,quem sabe por uma noite.Acordar cedo não fazia parte da noitada.
Acabava deixando tudo isso para as férias.
E que férias heim!
Depois de longos e cansativos 8 meses de trabalho,as férias vieram.
John todo alegre veio me dando as boas notícias:
-Queridinha,tenho ótimas programações!
-Fala amor.
-Eu e Mathew iremos até o caribe,ulalala!Você e Jessey tem a possibilidade de escolher qualquer destino mundial!
Acabamos indo para lugares diferentes.
Jessey escolheu a Itália.Eu fiquei com o Brasil.
Ela tinha parentes lá.
Eu também.
Foi uma das melhores decisões da minha vida optar por esse destino.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Capítulo 7.

De cara Jessey e eu achamos uma completa loucura largar o Brasil.
Mas a falta de grana nos fez embarcar 1 mes após a proposta ter sido lançada.
Andar de avião era um medo e eu fui obrigada a vencer.
Jessey parecia confiante com o vôo,tentei não ficar tão nervosa,mostrar experiência era fundamental.
8 horas dentro de um avião.Pânico era somente um dos sentimentos presentes.
Chegamos bem.Graças a Deus.
Jessey não era católica,nem acreditava em Deus,mas isso pouco importava quando eu tinha consciência que Deus a protegeria,mesmo sem a crença.
Nova York ou New York como tinha que me acostumar a chamar aquele cidade,era bastante fria.
Em clima e aparência.
O samba do Brasil e a correria de São Paulo eram diferentes das dos americanos.
Jazz e a falta do sorriso me assustava,minha sorte era que John ainda fazia o papel do melhor amigo que pude encontrar nesse mundo da moda.
Não posso negar que achei que fosse mais fácil e melhor ser modelo.É uma profissão como qualquer outra.
Começava a me questionar sobre desistir dessa carreira,provável.
Nova York era melhor que nos filmes.Tudo em dobro e sem o ar hollywoodiano das telonas.
E a vida continua,com trabalhos e mais trabalhos.
Jesssey e eu ficamos em um apartamento,esquina movimentada como faxada.
Saudades do antigo,velho e sempre cartão postal,Cristo Redentor que enfeitavam nossas manhãs.
Começava ali,uma nova vida.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Capítulo 6.

Ela não tinha um rosto saudável e chegou a interromper a sessão de maquigem muitas vezes,indo direto ao banheiro.
Em uma dessas idas,resolvi acompanhá-la.
O mal secreto de todas as garotas com algum disturbio alimentar chegara até ela.
Bulimia.
Pude perceber o olhar de espanto ao ver que eu tinha descoberto isso,e em um impulso me abraçou chorando desesperadamente.
-A quanto tempo sofre de bulimia?
-Faz 3 anos,desde que comecei a ser modelo.
-E nunca procurou ajuda?
-Achei que não precisasse.
-Venha comigo.
Arrumei a maquiagem borrada e lhe dei um beijo no rosto.
Era de fato muito bela para ser tão magra e sofrer dessa doença maldita.
Voltamos ao camarim e prometi que iria procurá-la depois do desfile para tentar ajudá-la.
Ela me agradeceu e voltou ao maquiador.
Depois não voltou ao banheiro.Pelo menos não enquanto eu estava por perto.
Estava me sentindo realmente bela,mas a imagem da linda jovem,sofrendo com aquela bulimia não saía da minha cabeça.
Chegou minha hora de subir a passarela.
Era tudo tão mágico,os olhares atentos a cada passo,os flashes sempre constantes e toda atenção aquela noite se virava para mim.
Foi uma sensação incrível.
Voltei ao camarim,troquei de roupa umas 15 vezes.
Chegamos ao final,finalmente.
Aplausos,elogios e muito carinho.
Fiz o prometido,procurei pela tal modelo a qual nem o nome eu sabia.
Felizmente a achei.
Estava sorridente e alegre,quando me viu veio me dando os parabens e a levei para fora daquela confusão toda.
Depois daquele dia,nos tornamos amigas muito unidas e íntimas.
Jessey,era seu nome.
Era realmente a doce garota que apresentava.A amizade aumentava e sua bulimia tinha regressos incríveis!
Tinha recaídas somente quando brigava com homens.
Ah os homens!
Para variar,o tipo de coisa que nos deixa pra baixo até ganhando na loteria.
O mal necessário,talvez.
Fiquei bastante feliz de ter encontrado Jessey aquele dia e tê-la tirado desse mal.
E mais feliz ainda fiquei quando pude ver que ela era realmente uma amiga confiável e sempre presente.
Após meu primeiro desfile,os trabalhos foram surgindo e a admiração crescendo.
Era capa de revista,convidada para eventos importantes e tinha muitos amigos empresários e famosos.
Jessey e eu nos tornamos amigas inseparáveis.Companheiras de desfiles.
Foi quando me surgiu uma proposta bastante lucrativa e questionável: Largar o Brasil e ser uma top model internacional.

Capítulo 5.

Esperei por muito tempo aquela chance.Poder testar se a mudança havia surtido o efeito desejado.
Era de tarde ainda,e faltavam algumas horas para a tão esperada hora,o desfile.
Passei a tarde toda experimentando todas aquelas roupas que iria usar á noite.Parecia um sonho que dentro de pouco tempo se tornaria real.
Todas muito esquisitas,e cheia de brilhos e estampas bizarras,coisas da moda.
Um assunto que definitivamente eu teria agora que conhecer!
Treinei um pouco o uso do salto alto que sempre me complicou um pouco mais,mas tudo iria ocorrer da melhor maneira possível.
A noite chegou,e com ela a ansiedade que estava visível em meus olhos.
John como sempre chegou todo animado:
-Divina,você vai deixar toda a elite de top models de queixo caído,meu melhor investimento!
-A obrigado John,devo tudo isso a você né?
Ficamos nesse bate-bola até Marie Clarier aparecer toda desesperada me empurrando para um carro que visivelmente custava o olho da cara.
No carro,haviam outras 3 garotas,tão ansiosas quanto eu,mas não tão belas.
Uma era ruiva e tinha o comprimento das pernas bem desproporcional ao resto do corpo.
A outra por sua vez era morena dos olhos bem azuis,cor do mar.Mas não tinha o perfil que a beleza padrão de hoje em dia procura,não fazia a diferença entre as outras.
Chegamos ao local.
Muitos flashes e muito trânsito também.
As pessoas saiam de todos os lugares,acompanhadas por amigos,namorado,sozinhas.
Mas sempre muito sorridentes e mostrando grande espectativa.
O John me apresentou a várias pessoas,e todos pareciam muito admirados com a minha beleza,sorriso ou qualquer coisa que pronunciasse.
Eu parecia estar sendo a atração da noite.
Foi quando Marie Clarier nos alertou sobre o desfile e fomos correndo ao camarim.
Modelos magras demais,neuróticas.
Me sentei e esperei o maquiador vir.
Do meu lado tinha uma garota.
Magra e com olhar bastante preocupado.
Foi então que comecei a perceber o lado negro do mundo da moda.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Capítulo 4.

Era formada em artes plásticas,tinha sido insentivada pela minha família,mais sabia que aquilo não era realmente o que me daria o sucesso e o dinheiro que queria.
Foi quando Marie Clarier apareceu.
Uma empresária bem sucedida do ramo da moda.Não tinha a beleza que os padrões mundiais procuravam mais acabou achando-os em mim.
Segunda-feira,um dia chato,claro,e sempre bem comum a todo início de semana.
Foi aí que ela me encontrou:
-Pois é você !-me puxou para fora da multidão que corria antes que o farol abrisse.
-Eu?!
-Irá comigo,é o que eu preciso!
De primeira,achei que fosse uma gozação quando ela pronunciou a palavra desfile de moda.
Depois acabei aceitando que ela tinha gostado mesmo de mim.
Não era mais uma daquelas promessas sem sentido,desde o começo ela havia sido bem clara.
-Me chamo Marie Clarier,e sou empresária da moda.Buscava uma modelo realmente a altura das minhas criações e achei!
-Eu?Modelo?Nunca tive experiencia nenhuma!E nem sei andar de salto direito!
-Você é perfeita!E quanto ao salto,nada que algumas aulinhas com John que não te ajeite!
-Jo..?
Antes mesmo que terminasse a minha frase,ela já tinha me cortado dizendo que estava com pressa e me levou para seu escritório.
Ela devia ser realmente bem sucessida,o escritório dava uns 5 apartamentos iguais ao meu!
Isso já me animou e provou que ela era séria,aquilo tudo não era brincadeira.
-John!Está aqui a obra prima que prometi!-apontou para mim toda sorridente.
-Nossa!Você é um máximo Marie!-começou a me olhar dos pés a cabeça.
-Você não fala não é?
-Está falando comigo?
-Com quem mais belezinha?
-Alissa-respondi meia irritada com a falta de educação daquele homem meio afeminado.
-Nome perfeito para brilhar!Vamos vamos,temos muito trabalho.
Só depois de muita afobação que Marie Clarier sentou e me explicou.
Ela precisaria de alguma modelo para representar sua nova coleção Primavera-Verão.
Disse também que a minha inexperiência não iria me prejudicar pois nasci para brilhar,e que John me ensinaria o necessário para me tornar perfeita.
Como precisava de dinheiro e também precisava me estabelecer em algo novo,acabei aceitando depois de algum tempo de insistência.
Me explicaram que ia ser difícil e que no começo eu poderia querer desistir,mais que o futuro daquela empresa dependia de meu esforço,queriam meu trabalho,me queriam desfilando.
Não ia desapontar ninguém,por isso iria até o fim!
Passei a tomar aulas freguentes com John que em pouco tempo se tornou um grande amigo e conselheiro da moda.
Em pouco tempo estava andando perfeitamente de salto e tinha mudado completamente.
Meu cabelo foi o primeiro a mudar,ganhou um ar mais moderno e ganharam cor nova também,cabelos loiros.
Depois veio a renovação do guarda-roupa e mais tarde a troca de endereço.
Novamente trocara de endereço,agora em um bairro mais tradicional e fino da cidade.
Tudo isso por conta de Marie Clarier e sua empresa.
Todos lá me adoravam,e fiz amizades fortíssimas e de outro nível,ao qual eu não nunca achei que fosse pertencer.
Foi quando o tão esperado dia chegou.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Capítulo 3.

A gente só realmente dá conta das coisas quando perde,eu perdi.
Perdi não somente um cara,mais perdi para uma mulher!
A pior coisa que se pode acontecer é perder alguém para outra.Ainda sendo a outra,uma pessoa que você confiava.
Final de inverno e parece que Lizzie realmente se lembrou das amigas.Ela estava me ligando freguentemente,dizia ela ser a saudade dos velhos tempos.
Passamos a sair os três juntos.
Eu,Lizzie e Ducke.
Lizzie desde o começo adorou a idéia de um programinha a três.Eu é que não havia enxergado o limite desses programas.
Numa mesa de canto,a mesma de sempre.
Assim como a mesa,eu também ficava no canto.
Eles tinham tantos assuntos contidos em umas horas aqui,outras ali,sempre acompanhados de muita bebida e risadas.
Eu tentava rir só pra não dar bobeira pro sono que a cada hora parecia querer me dominar.
Nossas saídas,digo como um casal,foram trocadas pelo trio.Ou melhor dizendo,o novo casal.
Passei a recusar telefonemas,de ambos.
1 semana sem receber chamadas,nem fazer chamadas.
Depois isso virou um mês.
E depois dois meses.
Não queria enxergar que tinha sido trocada pelas belas pernas,por um sotaque cativante e um sorriso que só ela possuía.
Daí o inverno acabou e o inferno começou.
Ela evitava me olhar enquanto passeava de mãos dadas com ele.
Ele tentou me procurar e se explicar como tudo aconteceu e que no coração não se manda.
Antes que terminasse a primeira frase eu já tinha batido a porta na cara dele e me consolado nuns copos de bebida.
Achei que não era necessário dramas,teatros e gritos para confirmar todo esse vexame que já estava estampado na minha cara.
Continuei minha vida,17 anos,solteira novamente e cheia de dívidas.
Dívidas.
Precisei então de alguma forma alternativa de me manter naquela sociedade,precisava de um novo emprego.
Com o dinheiro de bicos que fazia,mudei novamente de casa.
Todo cantinho daquele apartamento tinha o cheiro dele,as lembrançar,os porta-retratros e os presentes.
Presentes no lixo.Porta-retratos quebrados e as lembranças infelizmente inesquecíveis!
Foi quando então a oportunidade que me faltava bateu a porta,que agora tinha um novo endereço.

sábado, 3 de novembro de 2007

Capítulo 2.

A noite sempre é mais monótona,tudo bem que as pessoas da minha idade saem e se divertem.
Fazendo coisas bem opostas a monotonia,mais acho que eu sou monótona demais para essas coisas.
Se eu andasse até o Bar de Luxuos e tomasse algo só pra variar,voltaria menos tensa pra casa.
E isso que vou fazer.
Aqui é sempre cheio de gente.Bêbada,mais gente.
O Bar mais perto e mais barato da Av.Sergio Lucious.Minha atual moradia.
Não a moradia fixa,só a mais atual.
Já morei em qualquer canto do Brasil e até fora do país.
Uma coisa a qual não consigo ser,é sedentária.
Vodka é caro demais para os meus 10 reais.
Opto então por uma pinga qualquer de qualidade duvidosa,mais que serve para acalmar os nervos a flor da TPM.
Já o moço do meu lado não se importa em pagar algo mais para não queimar a garganta.
Wisky é uma boa pedida.
Bom gosto ao escolher o Wisky e quanto a vestimenta também,nem são todos os homens no alge dos seus 20 e poucos anos que se vestem tão bem.
-Wisky é?- singela troca de olhares
-Pinga queima!
-10 reais!- rimos
-Alissa- estendi a mão
-Ducke- a dele se encaixou finalmente
Quando disse que a minha vida amorosa não era melosa e com um final trágico,eu não havia conhecido ele ainda.
Entendi então que a minha vida amorosa nunca havia acontecido,até aquela noite pelo menos!
Depois daquele final de semana,passamos a nos encontrar frequentemente.
Eu gostaria de acreditar que os encontros eram por acaso,mais eram sempre bem combinados,com direito a frio na barriga antes de entrar no táxi até o restaurante combinado.
Ele sempre pagava.Era rico de fato,mas não era a sua farta carteira que mais me agradava.
Gostava do jeito com que bricava com os fios ondulados do meu cabelo e de quando dizia o quanto gostava do meu perfume.
A gente se olhava e esquecia até de tudo.
Fato que um dia nos levou a queimar um bolo em que ficamos o dia todo tentando assá-lo.
Tinhámos uma relação estável e que ao meu ver não era o necessário para se fazer um livro em nossa homenagem,mais era o bastante para nos deixar bem apaixonados.
Daí foi quando o inverno chegou ao fim.
Inverno,inferno!

Capítulo 1.

Acho melhor não começar com um 'era uma vez',vamos então partir para os finalmente.
Não deve ser um dos melhores dias,preciso sair para compras algumas coisas no mercado e não acho que estou devidamente apresentável.E pode ter certeza que é numa dessas horas que a pessoa que você menos quer encontrar,aparece!
A noite ontem não me traz recordações,nem boas,nem ruins.O efeito da Vodka teve ter sido devastador no meu frágil e acostumado sistema.Sei que passei uma boa parte tentando pegar no sono e folhando albúns e mais albúns de fotografias,daquelas bem antigas.
Light ou calórico?
Calórico!Com certeza!Passar mais um final de semana sozinha em casa com algo light não vai me ajudar em nada.
É,parece que o dia começou bem,depois de encontrar o cara gostosão que mora no prédio ao lado no meio da rua de um dia carregado de TPM e aquelas olheiras que só a minha mãe foi capaz da fazer!
Não é mais do que reclamar não é mesmo?
Se entupir de chocolate e sorvete e passar o resto da semana tentando queimar tudo isso com exercícios que te matam de canseira só se imaginar o quão suada é a vida daquelas loiras lindas que você sempre ve nas fotos de sites de relacionamentos.
Fato que você um dia conseguirá ser bem daquele jeito,enquanto isso,voltemos aos calóricos!
Vida amorosa bem diferente dos filmes,e nem adianta botar fé em um romance meloso e trágico no final.
A gente faz de tudo por eles,e eles?Sabemos o resto!
A Lizzie me ligou,típica voz de:'Eu não acredito que você me ligou as 8 da manhã em um sábado!'
Acho que ela não gostou muito da idéia de dividir comigo as calorias a mais desse final de semana.
Sozinha.