sábado, 26 de janeiro de 2008

Capítulo 21.

Voltei para casa e contei sobre a conversa de hoje a tarde para o David.Ele se surpreendeu e contou sobre seu dia também.
Ele tinha ido procurar algum emprego temporário e aproveitou para falar com o Juan,na esperança de haver uma reconciliação.
Nada aconteceu.
Terminamos a conversa e fizemos amor,como de costume.
No outro dia prometi falar com Jessey mas acabei deixando isso para eles mesmo resolverem,ela precisava do tempo que jurei manter com ela,pelo menos para pensar e se resolver.
Fiz bem,eu acho.
Eu e David tiramos o dia para nós,afinal era Domingo e ele tinha que aproveitar já que na Segunda ele começaria o novo emprego,coisa simples como ficar no computador o dia todo contabilizando as contas.
Ele se sairia bem,com certeza.
Resolvemos ir para a mesma praia em que o revi e ele me viu pela primeira vez.
Sentamos na areia sem nada que nos separasse da areia,sentir todas as vibrações que puderam nos ligar.
Foi mágico.
Nos entre olhamos e ficamos nisso por minutos que pareciam nunca ter fim,juro que passaria toda a minha vida olhando em seu horizonte pessoal.
Ele logo deu um riso todo tímido.
-Sabia que eu sempre quis ter uma covinha?-falei.
-E eu sempre quis te dizer que acho que te amava mesmo antes de te conhecer.
Dessa vez quem ficou tímida fui eu.
Mesmo todo esse tempo juntos eu me sentia como uma criança sendo acolhida por tuas palavras,tudo era renovadi e o sorriso valia mais que qualquer outra coisa.
-Acho que nem foi por acaso que te reencontrei aquele dia-falei,ainda com as maçãs do rosto coradas.
-Eu tenho certeza.Não iria esquecer da garota que ficava me secando aquele dia na praia.
-Não acredito que você percebeu!
-Quem não notaria a bela loira de pernas torneadas olhando e sorrindo bem na tua direção?
-Ah,acho que você está exagerando.-fiz um biquinho de pura manha.
-Então é assim?Vem aqui sua manhosa.
Me enxeu de beijos e carinhos,todos acompanhados de sussurros no ouvido com palavras que a minha memória já falha não me deixa recordar,só lembro que era sempre finalizados com Amo...
Momentos mágicos que só se vivendo para saber.
Em cada momento que vivia ao teu lado era perfeito e só quem viver um grande amor saberá do que estou falando,é,das tais borboletas no estômago.
Vimos o pôr-do-sol e voltamos para a nossa casa que também era em uma praia,mais calma como já havia mencionado.
Foi um dia dos quais desejo que a minha já velha memória,não esqueça jamais!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Capítulo 20.

Aos poucos fui me afastando de Jessey,ela precisava de um tempo sozinha,o mesmo tempo que ela havia me dado enquanto eu sofria desesperadamente pelo David.
Me fez bem,sei que faria bem a ela também,tomara.
Todo esse conflito e sofrimento me fez lembrar de coisas do meu passado,como o dia em que resolvemos fazer pizza na minha casa.
Chamei as garotas mais amigas e nos reunimos.Foi bastante divertido,mas passou,como tudo nessa nossa vida.
Uma das pessoas da qual eu jamais me esquecerei,será de Anastácia.
A gente era unha e carne,literalmente.
Nos fazia tão bem aquela amizade.Estávamos sempre juntas e nada nos separava.
Nada é tão tudo!
Uma simples coisa nos afastou,nos separou e nos fez simples colegas de final de tarde.
Final de tarde que se tornou,final de amizade.
Não por causa dela,e sim minha.
Fui esquecendo das amigas por causa de garotos,meus pais sempre me avisavam que seria inútil eu ficar ali me oferecendo daquele jeito e beijando todos que eu quisesse.
Mas sabe,a vontade era maior.
Eu era linda e tinha todos que queria,gostava de beijar,então para que parar?
Parar para que.
Não parei e sofri.
Perdi amigas e amigos e ganhei uma fama que não durou muito tempo,afinal eu me mandei antes que ela continuasse.
Mudar constantemente de endereço começou daí.
A primeira mudança foi de cidade e depois de estado.
Até virar modelo e chegar nos dias de hoje.
Abandonei tudo.Família,amigos,cidade,estado.
Depois minha família acabou se mudando para o mesmo estado que eu,mas isso demorou.
O tempo e a distância os decidiu mudar.
Creio que a saudade também,apesar de nunca terem admitido isso.
A Anastácia se afastou por causa de um beijo.
Acabei ficando com o namorado dela,coisa da qual sinto arrependimento até hoje.
Ela se afastou,tempos que não a vejo.
Acho mesmo que foi o destino,nesse mesmo dia de reflexão acabei esbarrando com uma ruiva cujo sorriso era impossível não perceber.
Anastácia.
De cara ela não me reconheceu,ou pelo menos fingiu não me ver,mas eu a reconheci.
Fiz uma cara de saudade e ela deu um belíssimo sorriso.
Não resiti e a abracei.
Ela disse baixinho:
-Senti saudades.
Não precisamos dizer mais nada.
Fomos tomar um café para jogar conversa fora e matar a saudade.
Não tocamos no assunto do passado,pelo menos nada sobre a traição nem muito menos o meu caráter passado.
Rimos bastante relembrando as coisas engraçadas que fazíamos e nos surpreendemos com o futuro,naquela hora presente,agora passado.
Foi emocionante saber que ela estava esperando gêmeos.
Um casal.
Também foi triste ouvir que seus pais haviam morrido.
Ficamos ali nesse papo durante a tarde toda.
Divertido,emocionante e triste.
Vontade de pedir desculpas por tudo e pedir pra ela nunca mais sumir daquele jeito.
O meu orgulho sempre foi maior que as vontades.
Fiquei na vontade mesmo.
Ela estava indo para São Paulo de novo,e eu ficaria por ali mesmo,esperando encontrar alguma velha nova lembrança do passado.
Em cada esquina podia haver uma surpresa tão boa quanto a daquele dia.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Capítulo 19.

Resolvemos nos mudar denovo.
Para mim,essas mudanças já eram rotina.
Optamos por um lugar bem afastado de tudo e de todos,assim iríamos curtir um ao outro,sem medo de ser feliz.
Achamos uma casinha bastante confortável na beira de uma praia,não muito visitada nem conhecida.
O lugar mais parecido com o paraíso que achamos.
Ficamos ali,prometendo que tudo seria perfeito para nós dois.
As mudanças chegaram rápidamente e logo colocamos nossas coisinhas em lugar.
Estava tudo muito perfeito.
Víamos o pôr-do-sol todos os dias e todo sábado David me acordava com beijos para vermos juntos o nascer-do-sol.
Me sentia mimada e amada por um cara que mudou a minha vida.
Jessey nos ligava sempre,e passou a nos visitar pelo menos 1 vez por semana.
Judie estava crescendo.
Juan passou a trabalhar cada vez mais,e sua presença se tornava rara.
Logo Jessey me procurava,cansada de esperar pelo marido e com saudades do tempo em que ele era mais presente.
As primeiras brigas do casal foram surgindo.
Em uma delas Jessey foi parar lá em casa,chorando e com a Judie em seus braços.
Pobre Jessey,as coisas estava se complicando para os dois que durante muito tempo tentaram reconciliação,mas acabaram como qualquer casal moderno acaba,separação.
Jessey veio morar conosco e trouxe junto a Judie que mal entendia o que se passava por lá.
Nunca vi minha amiga chorar tanto,ela que sempre me aquentou sofrendo pelo David,agora seria a minha vez de tentar ajudá-la.
Nosso sussego já não era o mesmo.
Eu ajudava Jessey a cuidar da sua filha,enquanto David tentava falar com Juan,quem sabe uma volta.
Juan mantia-se grosso e seco,com a mesma idéia formada de tempos atrás,quando assinou o divórcio.
Jessey sofria,bastante e vivia se culpando por todo aquele transtorno em minha vida.
Eu e David não abalamos nosso relacionamento por isso,afinal nos amávamos.
Ela logo arrumou uma nova casa.
Eu sempre soube que não seria fácil,e sempre comentava com David sobre o casamento precoce,a filha e toda aquela responsabilidade para dois jovens.
Ela foi se acostumando com a vida de solteira.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Capítulo 18.

Toda aquela alegria estava estampada no meu rosto.
Parecia que o conto de fadas poderia existir e fiquei daquele jeito,sem medo de ser feliz.
A primeira a saber da novidade e quem pode dividir toda aquela alegria comigo foi a Jessey.
De cara quando liguei para ela,foi bastante emocionante ouví-la gritando de tanta alegria.
-Estou tão feliz por você amiga,nem sabe o quanto!
-Eu também estou muito feliz Jessey,muito mesmo!
-E quando vocês vem em casa para eu dar uma olhada no mais novo casal carioca?
-Quando você quiser bobinha!
Rimos e marcamos algo para fazer no final de semana.
Depois liguei correndo para o John.
O gritinho estérico e toda aquela alegria foi contagiante.
Me senti ganhando a copa do mundo,era tanta felicidade que não cabia em palavras.
David era o mesmo de antes,até mais carinhoso e cheio de vontade de viver um amor que agora era só nosso.
No fim de semana saímos,eu,David,Jessey,Juan,Judie e claro,John e o seu bofe,Mathew.
Eles puderem finalmente conhecer o cara que andou mexendo comigo durante todos esses anos.
Jessey logo fez um comentário bastante hilário.
-Que gato amiga!
Claro que isso ficou em sigilo nosso.
Até o John ficou bem animadinho com toda essa história de conhecê-lo,fez um comentário semelhante ao de Jessey.
Fomos beber e rir um pouco.
David adorou a Judie,e parecia querer me dizer o quanto queria um filho.
Coisa bem adiantada para nós dois.
Mas gostei de ver o carinho com que ele olhava para ela.
David ficou contando um pouco da sua vida,e de todo esforço que fez para achar a mulher da vida dele denovo,e criar toda a coragem necessária.
Em poucas palavras ele demonstrava o amor que sentia por mim,desde o modo com que falava de mim,até os olhares.
Ele sempre me tratou como se eu fosse a sua rainha,me mimando sempre.
Até a sua risada era perfeita e me dava a irresistível sensação de querer ficar com ele para sempre!