domingo, 30 de dezembro de 2007

Capítulo 17.

6 anos parece tempo demais,talvez perdido,mas tempo esse que mantém a esperança de um dia melhor.
Um dia com você,ou quem sabe só te ver,por entre os raios do sol de um fim de tarde.
Olhar teus olhos e sentir que pode voltar a ouvir o clichê "eu te amo".
O pulsar do coração frente a frente novamente,seguido de uma sensação de puro amor misturado com o medo de nunca mais sentir aquilo.
Parecia até uma previsão quando esse medo se tornou real,ele se perdeu por detrás de uma distância que achei não existir perante ao nosso amor.
Distante,telefone calado,desculpa desfeita e dor.
Não digo que perdi meus 6 anos,mas sei que deixei de fazer coisas que me farão falta,quando me recordar da quantidade de lágrimas que se perdeu por entre meu travesseiro nas noites de lua cheia.
Me fazendo falta,mas com esperança de você voltar.
Chovia forte,Rio de Janeiro com chuva,não é Rio de Janeiro.
Praias vazias,pessoas mal-humoradas,enfim nada cotidiano.
Liguei o rádio para ouvir um pouco de mpb,faz bem aos ouvidos e a alma.
O telefone falou.
-Alô?
-Bom dia!Gostaria de falar com Alissa.
-Sou eu,quem é?
-Alissa!É você?
-Sim.
-Meu Deus,eu nem sei por onde começar,eu preciso te ver.
O sotaque começou a fazer a diferença,fiquei bastante nervosa mas não quis manter a voz trêmula.Me contive e continuei a conversa.
-Desculpe,mas quem é?
-David!
Foi ouvir aquele nome que um calafrio gostoso começou a correr por entre meu corpo,a começar pela barriga.Faziam 6 anos que eu não sentia mais borboletas no estômago.
-David?
-Alissa,nós precisamos conversar!
-Por onde você esteve durante todo esse tempo?
-Te procurando!
-Você tinha meu telefone.
-Eu tinha uma namorada também.
Ao ouvir aquilo fiquei pasma e resolvi sentar,não ficou clara essa afirmação.
-Como assim,uma namorada?
-Eu nunca te disse nada sobre isso,mas por telefone eu não vou explicar nada,eu preciso te ver!
-Me ver?
-É!
Estava muito confusa,furiosa e com medo!Mas a vontade de vê-lo foi muito maior,acabei cedendo.
-Quando?
-Hoje!
-Aonde?
-Posso ir até aí?
-Pode.
-Continua morando no mesmo lugar?
-Não.Marca o endereço novo,por favor.
-Pode falar...
Terminamos a breve conversa.
Ele passaria em casa ás 2 horas.
Eu tinha meia hora para arrumar tudo e claro me arrumar.
De um jeito ou de outro eu estava louca para vê-lo.
A campainha tocou,eu não podia demonstrar nervosismo,mas não contive as lágrimas.
Foi só abrir a porta para abracá-lo com toda força!
Sentir teu calor,tua voz me sussurrando palavras contidas de saudade e a vontade de me beijar novamente!
Me contive,precisava entender essa história.
Sentamos e ele começou.
-Quando te conheci,foi algo tão forte que eu esqueci de tudo,inclusive da minha namorada.Eu namorava durante 3 anos,gostava de estar com ela,me fazia bem,mas você chegou e bagunçou tudo!O que vivemos em 1 semana valeu pelos anos de namoro que ela me proporcionou.Não quero mais ela,durante esses 6 anos fugi do mundo e de tudo,terminei com ela e tentei criar coragem para te procurar e te dizer tudo isso.Resolvi fazer isso,só agora,mas não me julgue por isso e se não quiser entender tudo bem,mas saiba que eu te amo como nunca amei ninguém,quero ficar com você para sempre!
Todo aquele discurso embalado pelas lágrimas de David me fizeram entender que aquilo não foi uma mentira,mas sim amor e arrependimento.
Não disse nada.Apenas segurei em sua mão e com a delicadeza necessária,o beijei.
Após 6 anos pude sentir o amor denovo juntando nossas almas.
Aquela noite ficamos juntos,tocamos as estrelas e juntos selamos um amor eterno.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Capítulo 16.

Ela parecia estar gostando da idéia de casamento.
Os dois se entendiam muito bem,era lindo ver o carinho entre eles.
Comecei a reparar no verdadeiro amor,que vencia a cada dia uma barreira diferente.
Jessey era rica,modelo sempre ganhou bem,ainda mais internacional,por isso não foi preocupação a eles o dinheiro.
Juan não parou de trabalhar,empresário de uma multinacional.
Jessey não tinha do que reclamar.
Ás vezes saíamos parar comprar as roupinhas do bebê,que mais pra frente descobriu-se o sexo: feminino!
Eu sempre a enchia de presentes e muitos elogios.
Ela era linda até grávida!
Aquela alegria toda não me fazia esquecer do meu amor de verão.
David tinha marcado demais a minha vida,e a tua ausência me perturbava!
É,6 anos haviam passados desde a nossa despedida no aeroporto mais o sentimento permanecia aceso!
Os 9 meses passaram bem rápidos.
Foi muito emocionante ver Juan chorar quando viu a filha.
Ela era linda!
Olhos verdes da mãe,cabelos loiros do pai.
Fui madrinha da garotinha mais linda que eu já vi.
Me deram a honra de escolher o nome do bebê,talvez como um consolo por saberem do meu estado emocional nestes anos.
Pensei muito antes de decidir,acabei optando por Judie.
Eles adoraram a idéia.
Era meio que uma mistura de Juan com Jessey,tinha ficado bem legal mesmo.
Acabei me afastando do casal,e mudei de apartamento.
Ainda trabalhava como modelo e tinha o préstigio das pessoas na rua,isso era bom.
Sempre que podia visitava John e Mathew.
Depois dava uma passadinha na casa da Jessey,para vê-la e dar aquele beijo na Judie.
Foi caindo na rotina de novo,mais aí as coisas mudaram de rumo,seria coincidência demais ou destino?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Capítulo 15.

Procurei encontrar em outros caras o mesmo brilho no olhar,sotaque,gosto pela vida.
Não beijei mais nenhum outro.
Me mantive guardada,sabe aquele história de que a esperança é a última que morre?
Então,estava nessa ainda.
O sucesso realmente só crescia e me fez mulher madura,crescida e com objetivos na vida.
Maior deles continuava sendo me casar e ter filhos.
Dois filhos.
Modelo grávida não estava em alta,mas o futuro ainda seria muito generoso.
Logo minhas moradas foram se diversificando.
Países diversos,com culturas bastante diversificadas.
Foram anos de trabalho bastante divertidos,mas cá entre nós,nada como o Brasil.
Clima favorável,comida maravilhosa e os homens brasileiros,sempre muito charmosos.
Nenhum país conseguiu chegar perto do Brasil,muito perfeito isso aqui!
Com o tempo passei a trabalhar cada vez menos,e acabamos voltando ao Brasil.
Jessey e eu ficamos com um apartamento para nós duas,ia ser divertido.
John virou nosso visinho de baixo,junto com o seu inseparável Mathew.
Jessey acabou trazendo um italiano que conhecera em suas férias para morar com a gente.
Acabei sentindo uma imensa sensação de estar sobrando por alí.
Comprei um outro apartamento,do lado dela.
Melhor assim.
Gosta da minha amiga solteira,foi a primeira frase que me veio a cabeça após ela me contar com todas as letras e impolgação de um atleta com ouro olímpico
-Nós estamos noivos!
Conversei com ela,expliquei que as coisas não eram assim,tão rápidas.
Namoro,depois noivado.
Ela nem me deu ouvidos,apaixonada e cega!
Só ela não percebia que estava se adiantando.
Foi quando a bomba realmente estourou: Casamento!
De princípio eu iria descordar,mas aí veio a razão
-Eu estou grávida Alissa!
Jessey,23 anos,grávida!
Ela tinha toda uma carreira pela frente,fama,sucesso e uma vida também!
Parou de trabalhar por motivos óbvios.
Era alvo de todo jornal de fofocas,e logo marcaram a data do casamento.
Juan,o pai da criança,se manteve muito maduro e assumiu o filho.
Se casaram sem muito luxo,nem lua-de-mel.
Tudo muito simples,e rápido.
Vida de casado,nunca imaginei Jessey casando.
Uma sensação horrivel!
Juro,até pensei em impedir tudo isso!
Mas já era tarde,ter um filho,é muita responsabilidade!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Capítulo 14.

E foi aí que voltei a Nova York.
Lágrimas de despedida,o meu homem chorando!
Durante o vôo a incrível sensação de que jamais o veria.
Todas as lembranças contornando meu coração e a razão.
Senti vontade de largar tudo por ele,aquele que me fez tão bem!
Mas eu era fraca e não consegui fazer o que mais desejara.
Rever a Jessey foi muito divertido,cheia de histórias pra contar.
O John era pura purpurina,como ele mesmo se descreveu,aquele clima descontraído me ajudou a entender que as coisas tinham de ser pela razão.
Ele me ligou nas 2 primeiras semanas.
Depois,o telefone se calou.
Ele sumiu,não me deu notícias,não atendia o celular e tentei esquece-lo.
Tentei.
Tudo na memória,tudo!
Ele tinha me feito mulher,me amou a cada pôr-do-sol,fez parte da minha vida!
Tudo perdido,como também o tempo.
Iludida e sem amor.
Sem ele!
Custei a entender que tudo era passado.
Não contei nada para Jessey,guardar para mim era o melhor remédio.
Também mantive sigilo com o John.
Ele era só mais um.
Um ex cara legal que ficou comigo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Capítulo 13.

Começamos com a minha lista de sonhos.
-Você acha mesmo necessário colocar isso?É tão bobo!
-É claro que precisa.Vamos lá: 1°-Dormir olhando para o céu,2°-Beijar na chuva,3°-Ouvir o 'eu te amo' mais sincero de todos,4°-Ver o pôr-do-sol no verão,5°-Surfar,6°-Ter uma música que lembre da pessoa amada,para ouvir 1,000 vezes seguidas,7°-Ter um apelido que só vocês dois entendam.
Não eram somente 7 sonhos,preferi colocar os principais e possíveis.
7 é um número importante,grande simbologia.
A cada sonho que dizia, um olhar atento seguido de um por que ,que sempre era imaginário,mas que eu sabia que existia.
Muito atento a essas minhas dedicações.Eram os 7 básicos sonhos que buscava realização.
Começar com o sétimo.
Como ele mesmo disse,de trás pra frente dá sorte.
O apelido fluiu naturalmente,algo espontâneo.
Borboleta.
Não me pergunte porque!
O sexto também foi uma realização espontânea.Acabamos optando pela musica que tocava quando o revi na praia.
O quinto foi o mais difícil,para mim.Nunca tinha surfado.
Foi algo totalmente divertido e nada espontâneo.
Consegui por alguns segundos me manter em pé.
O quarto foi o mais mágico.É raro as pessoas que param e olham o pôr-do-sol,pois isso devia ser rotina.
Após o belo espetáculo acabamos fazendo um lual,só nosso.
Terceiro e o mais complexo.Dizer que ama,só da boca pra fora,todos dizem.
Queria era sentir vibração naquele 'eu te amo'.
Foi quando do nada ele vira e me diz : 'eu te amo'
Nada mais mágico e especial!
Senti uma vibração em cada sussurrar daquelas palavras doces.
O beijo na chuva com certeza foi a realização mais gostosa da lista!
Fato que será inesquecível!
Olhar o céu,depois durmir.
Só para fechar a lista de sonhos concretizados.
Fora a última lembrança daquele verão,inesquecível mais passado!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Capítulo 12.

Foi tudo muito rápido,achei que não fosse dar certo.
Ingênuidade a minha.
Nunca achei que essas férias iriam me fazer tão bem,descobrir sentimentos que jamais achei que pudessem existir.
Ele me fazia bem,começava a ver a vida com um outro ar.
Se sentir bela e acreditar em si mesma.
Não depender de ninguém para ser feliz.Mas aquele sorriso me faria falta.
Foi quando me caiu a ficha: em duas semana voltaria para Nova York.
Primeiro resolvi contá-lo.
Ele sempre me surpreendia.
-Mas então vamos aproveitar essas duas semanas,fazendo tudo o que você sempre sonhou e se não existir tempo suficiente para essa realização,que venham as próximas férias!
-Não vai me deixar?
-Encontrei uma mulher que me completava.O brilho dos teus olhos me faz querer sempre te amar.
Nunca tinha ouvido um homem dizer algo tão lindo.E eu sentia que era a verdade.Tuas mãos fizeram companhia as minhas,pela primeira vez pude sentir o calor dos teus pulsos e de perto sentir um frio na barriga inesquecível.
Devagar uma de suas mãos deslizou pelo meu pescoço e parou no queixo.
Ele o levantou delicadamente em direção a seu olhar.
Pudemos ficar um olhando no horizonte pessoal do outro,sentindo a respiração ofegante e presenciar o vermelhidão das maçãs do rosto.
O momento foi eternizado,com um beijo.
Delicado e em um compasso perfeito.
Seus movimentos guiavam os meus e logo estávamos no paraíso.
Ao final voltamos a mesma posição inicial,olhar ao horizonte.
Sua mão voltou a se encaixar a minha e ficamos ali,querendo mais.
O melhor beijo em 17 anos.
Talvez não o mais demorado,mas com certeza o mais sincero.
Comecei a acreditar realmente que o amor poderia existir e mudar destinos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Capítulo 11.

Idas frequentes à praia.Tudo muito lindo.
Ele era atencioso,típica cena de uma bela amizade.
Não estava eu confundindo isso tudo?
Achei que a negação fosse me comprometer em relação as atitudes.Resolvi esquecer.
-Me diz o que você acha sobre o amor?-seus olhos brilhavam.
-Ah!O amor é uma caixinha de surpresas,ora a gente ri,ora a gente chora.
-Só isso?-parecia cada vez mais interessado a respeito da minha opinião.
-Não né!Vai além disso,e só quando se ama se pode responder isso.
-Você ama?
-Amo a vida!
-Só isso?-dessa vez percebi que o que ele realmente queria era ouvir de minha boca palavras sobre como o vejo.
-E..
-E?
-Amei ter te conhecido!
Nos olhamos fixamente,sem nem a respiração atrapalhar.Ele sorriu.
Aquele sorriso era algo que jamais teria interpretação nenhuma!
Era um sorriso tão doce e acolhedor que me fazia sentir segura.
Ficamos naquilo.
O outro dia foi a mesma nostalgia.Um clima diferente se implantava.
Passou a reparar em minhas maiores qualidades,como ele mesmo classificava.
Coisas em que eu nunca tinha reparado.
Adorava quando eu falava com sotaque paulista as diferenças muito notáveis com as dos cariocas.
Dizia que quando eu roía unhas ficava linda,e mesmo na tpm conseguia me agradar.
Acabamos entendendo que o sentimento não era mais uma amizade.Mudara.Sem por que nem para que.
As coisas realmente começaram a tomar um rumo certo quando estava na minha última semana de férias.
Fato que me impediu de esquecer algo muito marcante em minha vida: Um novo amor.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Capítulo 10.

Achei que guardar aquela imagem,Lizzie acabada e infeliz,só iria fazer mal a mim mesma.
Esquecer.
Tirar o dia para passear na praia,sozinha e acompanhada ao mesmo tempo.
O vento.O mar.O sol.
Companhia que não falava demais,nem mentia,muito menos te perturbava.
Tomar sol,ouvir uma música relaxante e observar o loiro bastante lindo que acabara de chegar.
Resolvi ir até perto do mar.Olhar não mata ninguém.
Realmente era bastante lindo,daqueles com estilo que deixa qualquer mulher enlouquecida.
Abdomem bastante definido.Cabelos queimados de sol e da água do mar.Sotaque carioca divertido e imperceptível.Fiquei ali,mergulhando no azul dos teus olhos e ouvindo as conversas que trocava com um amigo.
Nada muito provocante,somente olhares que diziam mais que qualquer outra forma de expressão.
Aos poucos acabei de involvendo e deixando minha curiosidade falar mais alto.Me aproximei.
A coragem desce por água abaixo.
Senti o cheiro da gasolina e foi o único rastro relevante que pude guardar daquele carioca.
Só depois entendi o sentido daquela frase:
'Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.'
Nem um nome,idade,cidade.
Podia ser de outro país.
Mais velho.
Mais novo.
Ter namorada.
Ser solteiro.
Gay.
Dúvidas,e a única coisa que soubera,era sua paixão pelo surf que acabou sendo revelada pelo tom da pele e cabelos.Dourados.
Sempre me dizam que tudo o que eu realmente queria,conseguia.Mesmo o impossível.
Iria tentar encontrá-lo.Havia me chamado a atenção.
Minha situação,solteira,17 anos,bela,e rica.
Sem tempo para amores no trabalho.Mas não havia nenhuma regra quanto arrumar alguém nas férias não é mesmo?
Tomara.
E fiquei assim por dias.Qualquer cara loiro e boa pinta,já me era motivo para olhar atentamente,quem dera se fosse o mesmo daquele dia na praia.
Lual.
Sempre adorei esse tipo de programas.Não iria perder um por nada,se soubesse de algum.
Passear na praia à noite é tão gostoso,ainda mais quando é uma noite de verão e bastante estrelada.
Tipo aquela em que o revi.
Encontrei uma roupa confortável e fui caminhando até a praia.
7 horas e ainda era dia.Horário de verão.
Perfeita ocasião.
Senti perto do mar pra ouvir o barulho das ondas batendo no coral,sensação indescritível!
Misturou-se um barulho,que de tão agradável se tornou um som.
Relaxante.
Idêntifiquei,era um violão.
Música calma e sem intérprete.
Caminhei à procurar o dono do som.
Era ele.Finalmente reencontrei.
Reação de correr e dizer que durante dias o procurei.
Imaginei que iria me achar uma louca.
Cheguei devagar.
-Adorei o teu som.-totalmente tímida.
-Nossa,me desculpe se atrapalhei alguma coisa.-atencioso desde o olhar.
-Não,não.Eu adorei!Continua por favor,me desculpa se eu te atrapalhei.
-Gostou mesmo?
-Toca para mim?!
Não precisamos de mais palavras.Ficamos ali rindo um da cara do outro e curtindo o som que parecia vim do céu.
David era seu nome.Morava sozinho,perto de Ipanema.
Família havia morrido.Assim como a minha.
Nem gay,nem comprometido.Solteiro e feliz.
Contei também sobre minha vida e ficamos ali parados de papo para o ar e com o violão,nossa trilha sonora.
Me acompanhou até meu apartamento e nos despedimos com um abraço.
Amigos.
As idas a praia se tornaram presentes e a cada dia que nos víamos,parecia que a falta de assunto nos afastaria.Mera tolisse.
Tinhámos o desafio de compor novos papos a cada dia.Um melhor que o outro.
Descobrimos assim,que tinhamos muita coisa em comum.